Nada sei sobre política.
Era uma vez um lugar chamado Falcatrualândia.
Quem morava lá era um político chamado Mr. Falcatrua.
O político tinha um filho que brincava o dia todo de ser um homem poderoso, com espada e tudo, como o he-man, o bonequinho de plástico. Mas como era muito preguiçoso, trocou a espada pesada por um pequeno celular, que também tinha super poderes e, quando estava com problemas, apertava uma tecla e o político Mr. Falcatrua vinha ao seu socorro. Foi assim que um dia ele mandou prender um rapaz. Sem provas. Desamparando quem estava sob sua responsabilidade.
O bonequinho usava e abusava de seus super poderes. Ele fugiu do colégio, dirigindo sem habilitação. Ele se embebedou, mentiu e discriminou. Mas não se importava, afinal, a tecla o salvaria mil vezes, já que o Mr. Falcatrua era mestre na hipocrisia, como ninguém.
E enquanto na Falcatrualândia com um celular se conseguir impunidade, a ética será o disfarce de muitos de seus funcionários.
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De repente, parece que se mudarmos o nome do lugar para Brasil, não haveria grandes modificações na estorinha, já não é raro vermos nos jornais os poderosos 'filhinhos de papai' sempre saindo impunes enquanto que, por muito menos, muitas pessoas estão na cadeia, pagando até por erros que não cometeram.
Mas a verdadeira moral da história vai além da política: Tem a ver também com o filho do chefe, a filha da diretora e todos aqueles que usam e abusam de um poder que, na realidade, não possuem. Tem a ver com aqueles que submetem os outros ao seu bel prazer com chantagens e mais chantagens. Tem a ver com aqueles que já passaram do limite há muito tempo e não se deram conta.
"Ooolha o Mr. Falcatrua e o bonequinho de plástico aí geeente (todo mundo sambando)"